2009/06/05

Crónica de uma Serva - Margaret Atwood

Custa-me sempre começar um livro cuja acção não se passe num tempo real. Já assim me aconteceu com Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. No entanto, depois de ultrapassado esse obstáculo, percebem-se a ironia do texto e as “lições” que dele podemos tirar, por exemplo, no que diz respeito ao modo como nos relacionamos com os outros e ao modo como usamos levianamente a liberdade de que dispomos.

Porém, neste livro, com uma história original passada numa época futura, pós-feminista, apreciei sobretudo a estrutura. Há uma comunicação constante entre a narradora participante e quem a lê/ouve. Esta técnica agrada-me sempre. E há, ainda, o relato dos acontecimentos, que têm lugar no tempo da acção, intercalado com o relato das memórias da personagem que, inevitavelmente, nos fazem reflectir sobre o papel da mulher na sociedade.

2 comentários:

Trovador disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Trovador disse...

Aqui está uma autora que tenho muita curiosidade em ler...

Ah, bem-vinda SV. Espero que te sintas em boa companhia!