2005/08/01

Tanta mãos, a mesma Primavera

Este título pertence a um conjunto de poesia inédita (chamo-lhe assim porque os próprios editores reconhecem que não é uma colectânea de poemas nem uma antologia de autores) tão má, mas tão má que a torna caricatural. É verdade que os editores se despojam de pretensões mas o facto é que, para algumas editoras, a edição é já uma afirmação de pretensão. Significa uma escolha. Significa que aquele livro é suficientemente bom para receber a chancela daquela editora. Nada disto se passa na Oficina do Livro, que publica livros como se fossem revistas, para serem vendidos ao lado de revistas e para se consumirem como revistas. Aproveitam-se dois ou três poemas. Escolhi este, que me parece destoar completamente dos restantes, pela sua qualidade.


A sombra da mão

Rasguei tantos papéis
Tantos lumes
Só para o poema ser luz
E nele ver
A sombra da minha mão.

Izidro Alves

2 comentários:

Anónimo disse...

I like it! Keep up the good work. Thanks for sharing this wonderful site with us.
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Anónimo disse...

Keep up the good work. thnx!
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