Ficam as amoras, o fruto mais bravio, que não pede licença à terra.
As Amoras
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul
Eugénio de Andrade
2 comentários:
esta insularidade é tão verdadeira como a interioridade deste Alentejo.
Tenho pouca prática nesta actividade "global".
"apanhei-vos" no bookcrossing. Já agora, sabem dizer-me como ponho uma mensagem nesse mesmo forum. Abraço
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