Este livro tem a enorme virtualidade de nos pôr a imaginar. Um texto muito simples – uma ou duas frases por ilustração, ilustrações curiosas, bem dispostas e fica no ar esta pergunta: se fosses muito alto, o que é que fazias?
Este é um tipo de pergunta que estimula muitíssimo a imaginação. O tipo de variações são virtualmente ilimitadas: se eu fosse muito baixo, se eu voasse, se eu fosse um animal, se eu fosse rei, se eu fosse pai, se eu fosse... e por aí adiante. Estes exercícios obrigam as crianças a uma ginástica mental óptima: chama-se imaginação. Neste caso obriga-os a colocar-se naquela situação e a imaginar como seria o mundo para elas nesse caso. Os pais até podem fazer a história ao desafio: cada um dá uma ideia do que faria ou aconteceria naquela situação.
Gostei deste livro ainda por outra coisa: é que a maior parte das coisas que o autor faria, se fosse alto, era pôr a sua altura ao serviço dos outros: compôr antenas, limpar chaminés, apanhar balões... e esta ideia é muito interessante, também, para explorar com os miúdos: o autor se tivesse aquela qualidade punha-a ao serviço. E tu? Quais são as tuas qualidades? Como é que as podes pôr ao serviço? As características de cada um podem até parecer ser defeitos e tornarem-se qualidades, se encontrarmos a sua utilidade, a forma de as pôr ao serviço. É uma questão de optimismo: se uma garrafa estiver completamente vazia, um optimista não se concentra nesse vazio mas na possibilidade de mandar com ela uma mensagem, de com ela recolher água na fonte, de todas as utilidades que ela pode trazer.
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1 comentário:
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